Empresário paulista quer socorrer 1 milhão de pessoas

Foto - Reprodução/Instagram

Campanha emergencial criada pelo empresário Daniel Ribeiro distribuiu cerca de 200 toneladas de alimentos em menos de 2 meses

No início de abril, recém chegado da África e cumprindo quarentena em casa, o empresário paulista Daniel Ribeiro recebeu um pedido de socorro do líder comunitário do Jardim Universitário. Na mesma hora, o empresário convocou seu filho e juntos lotaram um veículo da família com 800 quilos de alimento e partiu para Interlagos, rumo ao Jardim Universitário. Ele não sabia, mas estava criando nesse dia uma campanha de distribuição de alimentos que já atendeu mais de 150 comunidades, com 20 mil cestas básicas, o correspondente a 200 toneladas de alimento.

Desde aquele dia, Daniel sai diariamente liderando uma frota de 05 veículos, e entra nas comunidades e favelas da periferia entregando uma média de 4 toneladas de alimento por dia.“Eu pensei que seria muito fracassado como ser humano, se enxergasse pessoas ao meu lado passando fome, e não fizesse nada por elas”, explica. Até o momento, Ribeiro calcula ter alimentado cerca de 100 mil pessoas em situação de extrema vulnerabilidade na cidade de São Paulo. A meta é chegar a 1 milhão.

O sistema de atendimento criado por ele permite identificar os casos mais urgentes de pessoas necessitadas e faz chegar até elas o alimento na forma de “cesta-básica emergencial”, um modelo de cesta criado pelo empresário cujo custo é bem inferior ao das cestas convencionais já prontas, que pode chegar a R$ 60,00. “Com R$ 30,00 entrego 10 quilos de alimento por família. Percebi que as cestas convencionais tinham produtos supérfluos, que não matam a fome, como café e gelatina, e criei uma cesta mais barata, assim podemos socorrer um número maior de famílias”, conta.

Os alimentos são adquiridos com recursos próprios e de doações, e a compra é feita a granel, o que barateia ainda mais a cesta. Essa solução, que segundo ele foi possível ao olhar para o problema “com cabeça de empresário”, parece simples, mas está realmente potencializando o socorro às pessoas, num momento em que a captação de recursos pelas instituições está comprometida. “A ONG Casa do Zezinho nos procurou, e com o mesmo valor que eles iriam comprar 700 cestas, nós entregamos 1.500”, relata Daniel Ribeiro.

Hoje a campanha, que já conta com 200 voluntários e foi batizada de Caça-Fome, está virando o Instituto Caça-Fome, e a ideia é atuar em outras frentes, como já está acontecendo: foram criados 15 núcleos de costura nas comunidades atendidas pelo Caça-Fome, onde os próprios moradores recebem kits de tecido e aviamento para produzir máscaras para a população local. Para saber mais sobre o projeto, clique aqui.
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