Sem efeitos adversos: Ácido Tranexâmico torna-se o tratamento perfeito para manchas e melasma

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Estudo recente apontou o ácido tranexâmico como uma substância tão efetiva quanto à Hidroquinona no combate às manchas e melasma, mas com uma vantagem imensa com relação aos efeitos adversos, já que a Hidroquinona pode causar piora nas manchas e outros problemas

As manchas escuras de Melasma representam uma das alterações estéticas que mais levam pessoas a buscarem ajuda por tratamento, já que atrapalham o desejo por uma pele uniforme e bem iluminada. Um dos tratamentos mais promissores, nesse sentido, é o uso do Ácido Tranexâmico, sendo uma das mais poderosas substâncias para o clareamento da pele.

"Antes de chegar ao mundo dos Dermocosméticos, o Ácido Tranexâmico era usado na Medicina como medicamento para o tratamento de algumas doenças. Quando suas propriedades clareadoras e seus inúmeros mecanismos no combate à formação de manchas escuras foram descobertas, ele passou a ser essencial no tratamento do Melasma”, afirma o farmacêutico Maurizio Pupo, Pesquisador, Consultor em Cosmetologia e diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Ada Tina Italy.

Segundo Maurizio, o Ácido Tranexâmico inibe uma substância chamada plasmina, liberada quando a pele sofre uma agressão, como a exposição ao sol, levando à estimulação de fatores que promoverão o surgimento de manchas escuras. “Ao inibir a plasmina, a melanina da nossa pele não é estimulada e não ocorre a formação de manchas”, afirma.

A molécula tem sido objeto de estudos comparativos até com a Hidroquinona, um clássico no tratamento do melasma, mas que é banida de alguns países pelos seus efeitos colaterais. Um estudo recente publicado pelo Journal of Pakistan Association of Dermatologists avaliou os resultados da aplicação tópica do Ácido Tranexâmico versus Hidroquinona no tratamento de pacientes com melasma.

“A Hidroquinona é um composto fenólico de alta capacidade de penetração cutânea. Ao atingir os melanócitos, ela é capaz de destruir a melanina que já foi produzida. Os resultados de um clareamento de pele com o uso da Hidroquinona geralmente são rápidos. Entretanto, devido aos seus marcantes efeitos colaterais, foi proibida em quase todo o mundo. Quando penetra na pele, por ser uma molécula altamente tóxica, causa a morte do melanócito e leva à Hipopigmentação em Confete, caracterizada pelo surgimento de manchas brancas no lugar das manchas escuras. Estas por sua vez não possuem tratamento”, diz Maurizio Pupo.

Além disso, a Hidroquinona promove o chamado efeito rebote, um processo em que a pigmentação é ainda mais estimulada, aumentando o melasma. “Ela também pode causar irritação na pele, principalmente nas mais sensíveis e lesadas, podendo levar a Ocronose exógena, que são manchas de pele na cor azul acinzentadas. Caso penetre na pele e caia na corrente sanguínea, pode levar ao aparecimento de linfomas, um tipo de leucemia”, diz Maurizio.

De acordo com o estudo, a hidroquinona aplicada na pele dos pacientes apresentou 46,9% de efeitos colaterais, enquanto que com o Ácido Tranexâmico, a frequência destes efeitos foi significativamente menor.

“O Ácido Tranexâmico é tão efetivo quanto a hidroquinona no tratamento do melasma, porém é um ativo muito mais tolerado, sem os efeitos colaterais agressivos. Ele age como um anti-inflamatório na pele, combatendo as inflamações que causam as manchas de maneira muito eficaz e segura, sendo um excelente aliado no tratamento do Melasma”, finaliza o pesquisador Maurizio Pupo.
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